GOMA
Meu trabalho lida com a ilusão do controle: no meu ponto de vista, controle é uma ilusão (e forte traço da civilização ocidental, que traz uma série de angústias e malestares civilizatórios), e através do trabalho, procuro cada vez mais aceitar o que os materiais cotidianos e descartados me revelam, de acidentes a novos processos. A materialidade vital dos objetos cotidianos é o meu ponto de partida e me leva a uma reavaliação da dicotomia entre vida/inanimado, humano/natureza. Acredito que uma mudança na herarquia pode resultar em uma abordagem mais ecológica do eu, da cultura e da natureza. A materialidade é meu ponto de partida. No afloramento do inconsciente, me encanto com o surgimento de formas primevas, remanescentes de mitos atemporais e de objetos cerimoniais, e é nesse sentido que me refiro à prática xamânica de Joseph Beuys: ao limitar a presença do consciente e do ego censurador ao trabalhar, espero canalizar uma outra poesia, essencial. Meu trabalho é feito de erros, de fracassos, de frustrações, de insubordinação, de impureza, de excesso e de acúmulo orgânico.
Sandra Lapage se formou pela FAUUSP e recebeu seu mestrado pelo Maine College of Art em 2013, revalidado pela ECA/USP. Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, notadamente na Embaixada do Brasil em Bruxelas (2007), no Museu de Arte de Ribeirão Preto pelo programa de exposições 2006, no Centro Cultural São Paulo pelo programa de exposições 2012, no Gowanus Loft (NYC) em 2014 e 2015, no Museu de Arte de Blumenau e na Aura Arte Contemporânea (São Paulo) em 2018, e na galeria Andrea Rehder e Museu de Arte de Ribeirão Preto em 2019.
Residiu em diversas instituições, como a Fondation Château Mercier (Suíça) e NARS Foundation (NYC) por 6 meses em 2014, Elefante Centro Cultural (Brasília) em 2015, Camac Art Center (França) e Paul Artspace (EUA) em 2016 e Massachussets Museum of Contemporary Art em 2017, Monson Arts em 2019 e será residente na Art OMI (EUA) e pelo programa Odyssée (França) em algum momento entre 2020 e 2021 caso as circunstâncias permitam.
Foi artista visitante na Tyler School of Art (Philadelphia) e no Maine College of Art (Portland), Estados Unidos. Além do seu trabalho solo, desenvolve um trabalho colaborativo no coletivo Eclusa e mantém, com outros sete artistas, o Vão–um espaço de trabalho, cursos e exposições experimentais, na Vila Madalena em São Paulo. Suas assemblagens emanam feminilidade e convidam o observador a adentrar uma esfera de fantasia onde criatividade equivale à beleza da loucura poética.
***
Control is an illusion, and through the work, I exercise the acceptance of what recycled and everyday materials reveal, from accidents to new processes. The vital materiality of quotidian objects is my starting point and leads me to a reevaluation of the dichotomy between life/inanimate, human/nature. I believe that a shift in hierarchy can result in a greener approach to self, culture and nature.
In the emergence of the unconscious, I am interested in the appearance of primal forms, remnants of timeless myths and ceremonial objects, and in this sense I refer to Joseph Beuys’ shamanic practice: by limiting the presence of consciousness and the censoring ego in the work, I hope to channel an essential poetry. My work is made of impurity, of error, of failure, of frustration, of insubordination, of excessiveness and of organic accumulation.
Sandra Lapage se formou pela FAUUSP e recebeu seu mestrado pelo Maine College of Art em 2013, revalidado pela ECA/USP. Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, notadamente na Embaixada do Brasil em Bruxelas (2007), no Museu de Arte de Ribeirão Preto pelo programa de exposições 2006, no Centro Cultural São Paulo pelo programa de exposições 2012, no Gowanus Loft (NYC) em 2014 e 2015, no Museu de Arte de Blumenau e na Aura Arte Contemporânea (São Paulo) em 2018, e na galeria Andrea Rehder e Museu de Arte de Ribeirão Preto em 2019.
Residiu em diversas instituições, como a Fondation Château Mercier (Suíça) e NARS Foundation (NYC) por 6 meses em 2014, Elefante Centro Cultural (Brasília) em 2015, Camac Art Center (França) e Paul Artspace (EUA) em 2016 e Massachussets Museum of Contemporary Art em 2017, Monson Arts em 2019 e será residente na Art OMI (EUA) e pelo programa Odyssée (França) em algum momento entre 2020 e 2021 caso as circunstâncias permitam.
Foi artista visitante na Tyler School of Art (Philadelphia) e no Maine College of Art (Portland), Estados Unidos. Além do seu trabalho solo, desenvolve um trabalho colaborativo no coletivo Eclusa e mantém, com outros sete artistas, o Vão–um espaço de trabalho, cursos e exposições experimentais, na Vila Madalena em São Paulo. Suas assemblagens emanam feminilidade e convidam o observador a adentrar uma esfera de fantasia onde criatividade equivale à beleza da loucura poética.
***
Control is an illusion, and through the work, I exercise the acceptance of what recycled and everyday materials reveal, from accidents to new processes. The vital materiality of quotidian objects is my starting point and leads me to a reevaluation of the dichotomy between life/inanimate, human/nature. I believe that a shift in hierarchy can result in a greener approach to self, culture and nature.
In the emergence of the unconscious, I am interested in the appearance of primal forms, remnants of timeless myths and ceremonial objects, and in this sense I refer to Joseph Beuys’ shamanic practice: by limiting the presence of consciousness and the censoring ego in the work, I hope to channel an essential poetry. My work is made of impurity, of error, of failure, of frustration, of insubordination, of excessiveness and of organic accumulation.
cargocollective.com/sandralapage
Proudly powered by Weebly